
Setembro é o mês escolhido para falar sobre suicídio, porém o tema deve ser debatido e lembrado durante todo o ano. O suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.
São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo.
Como identificar:
Tristeza excessiva e falta de vontade para estar com outras pessoas;
Presença de sofrimento profundo e indisposição excessiva;
Alteração repentina de comportamento e humor, participação em atividades de risco, busca por substâncias psicoativas e abuso de álcool, dirigir em grande velocidade;
Automutilação e comportamentos perigosos;
Despedidas e preparações de partidas;
Demonstrar calma depois de um período de tristeza profunda, depressão e/ou ansiedade;
Pedidos de ajuda e ameaças de suicídio;
Isolamento persistente e falta de interesse pela vida;
Conhecer os fatores de risco (casos de suicídio na família, abusos físicos e
sexuais).
Frases de Alerta
Eu preferia estar morto;
Eu não posso fazer nada;
Eu não aguento mais;
Eu sou um perdedor e um peso pros outros;
Os outros vão ser mais felizes sem mim.
O que fazer?
Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
Incentive ela a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento;
Se você acha que ela está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa;
Se a pessoa com quem você está preocupado vive com você, assegure-se de que ele não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa;
Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
Onde buscar ajuda?
Centro de Valorização da Vida – CVV
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntáriamente e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.
Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.